Abará
Abará é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé.
O abará tem a mesma massa que o acarajé: a única diferença é que o abará é cozido, enquanto o acarajé é frito.
O preparo da massa é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirada toda a casca, passa-se novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina.
( Com o advento da tecnologia, hoje existe no mercado a farinha de acarajé, já moída e processada o que facilitou muito a vida do povo de santo... )
A essa massa acrescentam-se cebola ralada, sal, camarão seco e azeite de dendê.
Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão, e, quando fizer parte da culinária baiana, colocam-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem ser moído junto com o feijão, além de alguns inteiros.
Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira, semelhante ao processo usado para fazer o acaçá, e deve ser cozido no vapor em banho-maria. Pode ser comido puro, mas geralmente é ingerido com o camarão, caruru, vatapá e salada,e para quem gosta, pimenta.
Em algumas casas de santo de tradição, o abará é cozido no vapor, em cuscuzeira, o que não prejudica em nada sua ritualística.
O abará é servido como adimu dos seguintes orixás: Obá, Ewá, Oxumaré, Oxum, Oyá, Ibeiji e Xangô, entre outros (variando de nação para nação e de axé para axé).
Serve como oferenda, assim como item de ebós: ajé, Exu, odú e orixás.
Dependendo do orixá da pessoa e dos fundamentos da casa e do zelador entra na mesa de borí também.
O abará atrai a beleza e boa sorte no amor, pois está ligado à várias yagbás, e a riqueza e está relacionado à alguns ogborós ligados ao setor financeiro, como negócios, ou comércio.
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