quinta-feira, 27 de junho de 2019

NANÃ



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A Energia de Nanã é Decantadora por excelência. Seu Fator Puro é o Decantador, que nos faz evoluir.
As pessoas que têm Nanã como Orixá de cabeça podem lembrar principalmente a figura da avó:carinhosa, às vezes até em excesso; levam o conceito de mãe ao exagero. Mas também podem ser ranzinzas e preocupadas com detalhes, inclinando-se a censurar os outros. Não têm muito senso de humor e tendem a valorizar demais pequenos incidentes e a transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, têm uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fossem muito mais velhas. Por isso, têm uma habilidade natural para perdoar aos que erram e para consolar quem está sofrendo. Voltados para a comunidade, sempre tentam realizar as vontades e necessidades dos outros. Porém, exigem a atenção e o respeito que julgam devidos, quando não os recebem das pessoas à sua volta.
Os lagos, mangues e os grandes rios que correm tranquilamente são pontos de Força de Mãe Nanã. Vamos pensar num lago. Um lago tem a superfície calma, de águas tranquilas, que parecem estar paradas. Mas ele puxa para o fundo qualquer coisa que nele seja atirada, ele decanta silenciosamente. Assim é a Energia de Nanã, a Mais Velha das Mães das Águas.
Diferente de Mãe Oxum, simbolizada pelas cachoeiras, que são rápidas e representam a Energia da Mãe Jovem.
Diferente também de Yemanjá, a Grande Mãe, simbolizada pela imensidão do mar. Todas Elas lidam com as nossas emoções, porque a água está relacionada ao emocional.
E Nanã representa a calmaria, a decantação das nossas emoções e sentimentos; motivo pelo qual Ela também pode nos curar, já que muitas doenças têm forte cunho emocional (raiva, inquietação, impaciência, ansiedade, nervosismo, ciúme, inveja etc.). Decantando nossos vícios e desequilíbrios emocionais e mentais, Nanã nos acalma e nos transforma. Transformados interiormente, entramos no caminho da cura. Em outras palavras: evoluímos.
Como portadora dessas Qualidades, Nanã também é o Mistério de DEUS que atua sobre o espírito que vai reencarnar.
Na tradição africana, o Orixá Nanã é reverenciado como Nàná Burúkú (ou Buruquê) e representa o ponto de contato da terra com as águas. É a Divindade Suprema que, junto com Zâmbi, fez parte da Criação: é a responsável pelo elemento barro, que emprestou a Oxalá para que este moldasse o primeiro homem e todos os seres viventes da Terra. Com a junção de água e terra surgiu o barro.
Com o Sopro Divino, o barro representa movimento. O movimento adquire estrutura. Do movimento e da estrutura surgiu a Criação, o Homem.
Nanã é o princípio, o meio e o fim; é o nascimento, a vida e a morte;
Nanã é “a mais velha das Mães”, é nosso aconchego, é a experiência, a sabedoria, a paciência, é nossa Divina “Avozinha”. Daí o seu
sincretismo com Nossa Senhora de Santana, a santa católica que foi a avó de Jesus.

Saluba Nanã!

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