segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Odù Òfún



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Orunmilá diz: “Recebemos do santíssimo Olódùmarè a condição regeneradora do renascer, mas devemos nos lembrar de que o bem e o mal são perfeitos avaliadores do nosso caráter”.
O Odù Òfún deixa sempre muito claro que a oportunidade concedida a nós, a cada reencarnação, é única e intransferível. Portanto, pode sim ser suspenso da nossa condição regenerativa, no curso de uma reencarnação, uma benção, e pode ainda ser acrescentada de tarefas árduas. Nas suas aparições no Oráculo estimula uma atenção especial: é indicativo que algo definitivo e absolutamente necessário irá acontecer na vida do consulente.
1) O fim de uma doença
2) Crescimento profissional e financeiro
3) Aquisição de um bem
4) Abertura de um comércio
5) Morte
1) Problemas graves de saúde
2) Perda de dinheiro
Toda aparição do Odù Òfún numa consulta deve ser observada com muito cuidado porque algo estará sendo retirado ou acrescentado na vida do consulente nessa encarnação, não cabendo nenhuma intervenção mágica por parte dos olhadores. A orientação e o aconselhamento são a de harmonização com a condição imposta pelo Odù Ofun porque, mesmo que a situação seja de muita dificuldade, é a palavra de Olódùmarè que se manifesta e, com certeza absoluta, ela não é malignidade, e sim bênçãos regeneradoras para restaurar o mal que causamos a nós mesmos.
sob as ordens de Òfún Meji, foi criada a Terra e por este motivo é um signo ligado à abundância e à riqueza.
Em yorùbá "Fun" significa doar, dar; "funfun" significa branco e este Odù representa esta cor, enquanto que "Ofu" significa perda, prejuízo. A palavra "fu" transmite a ideia de limpar soprando, como quando se assopra um objeto ou superfície qualquer para retirar a poeira ali depositada.
Suas atribuições são tantas que é impossível enumerá-las. Tem poder sobre a vida e a morte e, dominando a morte conhece o segredo da ressurreição.
Òfún é pai de Ogbè que liberou após criar o ar da vida e mãe dos demais Odù, dos quais Ogbè é o pai. É, pelo que se vê, o único Odù que apresenta características hermafroditas, diferente dos demais, cujos gêneros são perfeitamente definidos.
Neste aspecto podemos afirmar que Òfún representa os princípios masculino e feminino da criação assim como tudo aquilo que opondo-se ou complementando-se possibilitam a manifestação plena da vida em todos os seus aspectos: positivo/negativo, ação/repouso, luz/trevas, preto/branco, macho/fêmea, etc...
É o universo manifestado e imanifestado e desta forma, tudo o que existe está sob seu comando.
Depois de Ejiogbe, Ofun Meji engendrou os demais Odu, possuindo assim o mundo, onde cada Odù criou e simboliza uma parte, sempre sob as ordens e leis estabelecidas por Òfún.
Bernard Maupoil em seu trabalho "La Geomancie a l'Ancienne Côte des Eclaves" resume isto num símbolo esotérico atribuído a Òfún - Um ovo, dentro do qual inscreve-se, à direita, doze pontos superpostos em pares e, à esquerda, quatro traços verticais, também superpostos. Os traços representam os quatro primeiros Odù-Ifá: Ogbè (Vida); Òyèkú (Morte); Òdí (Universo Revelado) e Ìwòrì (O Ignoto).
Esta representação busca dar uma ideia aproximada da importância de Òfún, aqui representado pelo Ovo, dentro do qual estão contidos todos os demais Odù, inclusive ele próprio.
Comanda, juntamente com Osa e Ìrosù, as regras femininas.
Estejam todos abençoados!

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