Caboclo Bororo
Bororó, Caboclo (busto)
Há 370 anos
passados, ou seja no decorrer do ano de 1591, conforme consta do nosso
calendário: Existia no Estado do Amazonas, diversas tribos indígenas,
com diferentes nomes , sendo que uma delas, tinha por nome
"Bororó". Tribo esta comandada por Cacique Bororó, que tinha como
companheira a Cabocla Zanira, e 7 filhos sendo 4 homens e 3 mulheres,
com os nomes que se segue, Guaraci-Bororó, Juraci-Bororó, Tupi-Bororó,
Pery-Bororó, Eloa-Bororó, Tânia-Bororó e Izana-Bororó e como Curandeiro o
feiticeiro "Tapa" Sua tribo vivia de caça e pescas, apesar de serem os
Bororós, grandes guerreiros devido sua maneira de comando, era a tribo
dos Bororós, quem saia sempre, vitoriosa nas batalhas em que tomava
parte, e tornando-se cada vez mais forte e também mais numerosa, pois
era hábito, da tribo fazer tudo por aprisionamento, evitando ao máximo
que houvesse derramamento de sangue, era essa uma ordem muito severa do
chefe, o Cacique Bororó. Em uma das estações do ano, mais precisamente
em um verão, daquela era, foram vítimas numerosos índios de tribos
vizinhas, de uma malaria totalmente desconhecida por todos os
curandeiros da época. Acontecendo que também alguns dos Bororós, foram
atingidos. Mas o feiticeiro Tapa, com os seus conhecimentos de ervas e
raízes e também por força de suas danças macabras, conseguiu curá-los.
Assim sendo, as pequenas tribos, circunvizinhas, recorrerão ao grande
chefe, em busca de salvação, seu Bororó, ordenou ao feiticeiro Tapa,
curar todos os índios que fosse possível. Foram então iniciadas as
curas, possível, pelo bom feiticeiro Tapa, auxiliado em seus misterios,
pelos feiticeiros, Lua e Imba, no compassos de suas danças, macabras.
Sendo que para curar a todos, foi preciso longo tempo, e o grande chefe,
viu-se iminências de todos abrigar, ficando assim algumas pequenas
tribos irmanadas aos valentes guerreiros Bororós. Obrigando desta forma,
ao Cacique, assumir o comando de 7 tribos, passado para seus filhos e
filhas o sub-comando de cada tribo. A tribo mais inimiga, a sua era dos
GARAIBAS, que tudo fazia no afã de destruir os grandes guerreiros
BORORÓS. Eram os Garaibas, senhores de grande tribo, e de muitos
guerreiros também valentes, porém eram sempre derrotados, porquanto o
comando de seu Bororó, foi sempre mais afoito e eficiente, e seus
guerreiros muito mais destemidos. Um dia porém, em tempo de paz, foi
armada uma trama, de qual seria vitima, o grande chefe guerreiro. E no
opor do sol do dia 30 de setembro de 1591 quando seu Bororó, passava por
um atalho de sua floresta, não muito longe de sua taba, e sem supor que
alguém maldosamente esperava-o para matá-lo, foi atingido nas costas
por uma flecha traidora que, fortemente envenenada, e cujo ferimento lhe
foi fatal. Forçou agarrar seu inimigo, mais foi lhe negada as forças
conseguindo apenas gritar por Izana, que de pronto atendeu seu chamado.
Tudo fez o poderoso feiticeiro na anciã de salvá-lo, porém tudo foi
inútil, Cacique-Bororó desencarnou. Izana, ao vê-lo inerte e já sem
vida, reuniu todas as suas forças de guerreira valente, e saiu no
alcanço do índio assassino, capturou-o e vingou a morte , do grande chefe guerreiro e pai. E com fibra que
possuía de valente guerreira, assumiu todo o comando dos Bororós ora
então já sem o seu valoroso Cacique, e cientificada de que o índio
assassino era Chumay da tribo Garaibas. Não teve duvidas em iniciar a
mais terrível e mais fria das guerras indígenas, que pode existir em
nosso país. Sendo desta forma, quase em sua totalidade, destruindo e
massacrando todos os Garaibas pelos valentes Bororós. Izana, tombou sem
vida nessa árdua, tarefa para vingar o seu valente, Cacique, morreu
feliz, morreu por vingança. Ainda hoje naquelas regiões os Bororós são
grandes inimigos dos Garaibas, devido a perda de um de seus mais
valentes, Chefe Guerreiro, do passado. E constantemente a Cabocla Izana e
vista ao lado do Cacique Bororó, pelos videntes, como auxiliar nos
trabalhos de terreiro. Só que Izana traz presa, a sua mão esquerda pelos
cabelos a cabeça de Chumay e talvez seja por esse motivo que a Cabocla
Izana, ainda não tenha comunicado em TERREIRO algum. Os caboclos da
tribo dos Bororós não baixam em outro terreiro, senão com ordem do
grande CHEFE CACIQUE.
Texto de: Emir Xavier de Moraes, membro do 'Templo Espírita de Umbanda Aldeia dos Bororós'
Texto de: Emir Xavier de Moraes, membro do 'Templo Espírita de Umbanda Aldeia dos Bororós'
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