esteira
esteira, adicissa, enim, dicissa e esteira nagô são nomes pertinentes a peça de artesanato, feita de vários materiais, taboa, sisal, palha, etc..., muito usada no nordeste do Brasil e em terreiros das religiões afro-brasileiras.
Objeto sagrado muito importante para o povo do santo, fazendo parte de quase todos os rituais:
- como mesa de oferendas e comidas ritualísticas dos iniciados
- como mesa de ebós e comidas de santo prontos
- como amparo durante os paós na hora do orunkó
- como suporte para ervas, durante as sassanhas
- como “cama do Yawô” onde por baixo dela são feitos os “erós “ da feitura
- como mesa sendo base para comidas e ajeum do yawô
- entra no borí também como mesa
- durante o ritual do panã (volta do yawô à seu quotidiano normal fora da casa de santo após sua iniciação) também é utilizada.
Porque dormir na esteira?
O Candomblé tem a crença de que os próprios Orixás viveram por algum tempo na Terra. Naquela época onde a humanidade ainda dava seus primeiros passos há milhares de anos, a vida era muito mais ligada à Natureza e com menos conforto do que experimentamos hoje em dia.
Os iniciados, que ainda estão de preceito devem, por estar com o Orixá muito próximo a eles durante este período, imitar alguns dos costumes que os próprios Orixás tinham quando em sua passagem terrena: dormir em esteiras, comer com as mãos e não secar-se totalmente após o banho, entre outros.
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