sábado, 30 de julho de 2022

CIGANA ESMERALDA


ESMERALDA foi uma Cigana Espanhola, viveu na Espanha, de acordo com o livro Esmeralda, de Zibia Gasparetto.
Esmeralda era linda, dançava e encantava com sua dança os homens das cidades por onde passava.

Era uma cigana muito respeitada e amada em seu acampamento, vigiada pelo Cigano Miro, mais não obedecia ordens, era muito caprichosa, mais amava e respeitava as doutrinas do seu povo!

Viveu boa parte de sua vida nas cidades de Valencia, Madrid, e outros lugares na Espanha!

Esmeralda desencarnou salvando seu amor, no qual ela arrastou pela vida afora, mais tudo tem seu preço e Esmeralda pagou!!!

Em vida ela tinha seus caprichos de mulher bonita, sempre conduziu seu coração para aqueles que ela amava!!!

História 2:

Em uma aldeia de ciganos, escondida nas terras da Romênia, nasceu uma linda menina de olhos cor de esmeralda.

À medida que crescia mais linda ficava. Aprendeu a ler a sorte com suas avós, a curar e
preparar poções mágicas através de plantas e ervas, dançava divinamente e tinha um coração de ouro.

Na aldeia tinha um cigano chamado Galeno, seu amigo de infância, que a amava desde menina, mas era um amor platônico e sem futuro, sem chances de florescer e o primeiro de sua caminhada...

Como se dizia na aldeia, Esmeralda espalha beleza e paixões por onde passa. Esmeralda sempre teve pretendentes apaixonados por todos os lados, sempre soube conquistar os homens que encontrava ciganos ou não ciganos, bastava uma troca de olhares e um sorriso, mas nunca se deixou levar por esses interesses.

As anciãs da aldeia aconselharam Esmeralda desde pequena a seguir seu caminho sem se perder por esses amores que queimam feito palha ao fogo, duram segundos apenas, também a ensinaram que uma mulher a tudo conquista através da gentileza e da feminilidade,
que jamais deveria ser subserviente ou passiva, porém forte e corajosa, fiel ao seu povo e ao seu coração.

E seu coração não queria entregar-se a qualquer um, Esmeralda sabia que em alguma parte do mundo um homem especial estava à sua espera.

Na adolescência, teve que migrar com seu povo, por conta de um ataque surpresa
daqueles que não suportavam os Romani, saíram andando a esmo pelas cidades da Europa,
sem encontrar um pedaço de chão para ficar, parecia que todos estavam decididos a não permitirem que vivessem, andaram por semanas, indo parar nas terras da Andaluzia,
onde por fim encontraram bom acolhimento.

E foi lá que seus olhos com os de Carlos, se cruzaram.
Esmeralda sabia que era a ele que esperava, um cigano de boa família, de educação refinada, coisa rara entre os de seu povo, que jamais podiam frequentar escolas,
sempre fugindo com a roupa do corpo, era difícil juntar dinheiro ou adquirir bens.

Mas Carlos e seus pais tiveram mais sorte, eram donos de muitas terras e de cavalos de raça, ele era um homem alto, de cabelos negros, pele bronzeada, olhos escuros e ombros largos.

Foi amor à primeira vista. Casaram-se numa grande festa. Alguns anos depois, o ódio pelos ciganos chegou até ali e mataram os pais de Carlos, expulsaram todos os demais daquelas terras e roubaram tudo o que tinham.

Desde então, jamais puderam permanecer por muito tempo no mesmo lugar, ser cigano naqueles tempos não era fácil, quando conseguiam se estabelecer, não demorava muito para suas terras serem novamente incendiadas, seus bens saqueados.

Muitos dos que participaram daquele ataque haviam sido amigos de Carlos desde a infância. Não tinham nada contra ele ou seus pais, porém era a ordem do rei, dos ricos comerciantes locais, deveriam ser expulsos, sem nenhuma explicação.

Pela amizade, deixaram-nos livres, porém deixaram claro que deveriam deixar a Espanha.

Decidiram embarcar e cruzar os mares, indo parar na América, onde se dizia que era a terra da liberdade.
Estabeleceram-se no México e ali viveram dias maravilhosos.

Os perfumes que as mulheres faziam na aldeia foram logo virando um sucesso e até as mulheres mais ricas das cidades vizinhas encomendavam as poções mágicas feitas por esmeralda e suas companheiras.

Isso era o pior que poderia acontecer, pois como sempre o sucesso que faziam com seu modo de comercializar seus produtos, fazendo riqueza em pouco tempo, vendendo produtos aparentemente sem valor, mas que acabam virando uma verdadeira febre, sendo disputados até pelos nobres, isso levantou a suspeita, de serem feitiços, coisas do diabo.

Além disso, eram um povo que trazia ideias muito diferentes sobre liberdade, religiosidade e cultura. Logo passaram a ser alvo de novos ataques.

Era sempre assim: as mulheres gostavam dos conselhos e de tudo que vendiam, porém morriam de inveja e ciúmes das mulheres ciganas, sempre tão belas, com suas saias longas e coloridas, dançando, encantando e enfeitiçando os homens do povoado.

Já os homens, adoravam vê-las passar, sentir o cheiro que espalhavam no ar, quando dançavam.

Eram diferentes de todas as outras mulheres, sempre tão sensuais, mas ao mesmo tempo imponentes e temperamentais.

Muitos sonhavam com elas de noites e durante o dia as observavam às escondidas.

Porém, eram mulheres que colocavam muitas ideias nas cabeças das mulheres da cidade,
como não aceitar abusos, violência, sobre liberdade de escolha, força e a importância feminina, coisas que eram totalmente contrárias aos valores "morais" daquela comunidade tão patriarcal e machista.

Já os comerciantes locais, não podiam tolerar aquele sucesso todo, vendo a procura por suas mercadorias caírem.

Os religiosos, por sua vez, diziam que eram adoradores do demônio, que faziam oferendas
com sacrifício de crianças, que eram promíscuos, praticavam magia negra e uma série de coisas muito suspeitas.
Assim, logo passaram a ser alvo de perseguição novamente.

Um dia, enquanto os homens estavam na cidade, vendendo os perfumes e as poções que as mulheres preparavam, Carlos soube, através de uma visão, que o acampamento estava prestes a ser invadido e que as mulheres e as crianças corriam perigo, voltaram às pressas, mas foram mortos numa emboscada, a poucos metros de distância, e logo em seguida, todas as mulheres e as crianças daquele clã tiveram o mesmo destino.

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