domingo, 25 de setembro de 2022

Ogun ferreiro, feiticeiro.


Após Oduduwa criar o Ayê e Obatalá criar os seres que habitariam o Ayê, Olodumare determinou que cada orixá tivesse uma função e se ocupasse dela, mas tudo era feito com dificuldade, pois não existiam ferramentas que fossem adequadas para o trabalho que eles tinham pela frente.

Arar a terra, preparar a terra para o plantio, limpar o campo, caçar, enfim, atividades do dia a dia que eram necessárias para que vivessem ali.
Cada orixá tentava a sua maneira, fazer o que Olodumare determinou para cada um. Ogun só observava.

Observou, se retirou e quando voltou trouxe consigo ferramentas de um material novo, material resistente e que não se quebrava com facilidade; o ferro. Ogun ensinou aos demais orixás como usar cada ferramenta e como otimizar seu trabalho. E aquilo foi maravilhoso!

Ogun, extraia matéria da terra, manipulava, mudava aquela matéria e usava aquela tecnologia para o benefício de todos. Ogun foi festejado!

Estamos falando aqui de um marco, não só na história yorubá, mas também em todo o mundo; a idade do ferro... que possibilitou a expansão de muitos reinos a época. Com o passar do tempo e o aprimoramento do ferro, passou-se a utilizá-lo para além das ferramentas de uso doméstico e cotidiano, também como adornos, jóias e armaduras.

Ogun (Obá Euarê) é conhecido até hoje por ter, através dessa tecnologia, organizado militar, administrativa e economicamente o estado de Edô. Criou também importantes rituais, sendo conhecido também como grande feiticeiro, associando os ferreiros aos feitiços, trazendo grande respeito, admiração e também medo entorno destes homens que lidavam com o ferro.
Acredita-se que o ritual de tocar o solo (rico em minério de ferro) e levar a mão ao Ori, surge em homenagem a Ogum.

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