Virei Esteira
Nasci no brejo gelado e fui arrancada pela mão forte de um mulato
E agora Taboa já não me chamava
No mercado repousei ao lado de ervas frescas
Meu nome agora era Esteira
Valia pouco, mas logo fui levada
Senti a água fria
O sangue quente
E as lágrimas salgadas
Ouvi o paó que rompia a madrugada
Ouvi o som do adjá
Ouvi o bater forte do coração
Apoiei o medo do desconhecido
Apoiei cabeças raspadas
E cuidadosamente pintadas
Sobre mim repousam homens
Sobre mim repousam deuses
Sobre mim repousam a vida e a morte
Fui Taboa
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial