sexta-feira, 10 de abril de 2020

Osun Osogbo



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OSOGBO (Oshobô) é a cidade onde esta o mais famoso templo de Osun na Nigéria.
Ajíbógun era o filho de Owá, o Rei de Ijexá. Ele decidiu deixar Ijexá e ir para outro lugar já que não estava satisfeito com seu pai. Depois de muito apelo para que Ajíbógun não deixasse a cidade, ele recusou decididamente ao apelo de seu pai. Ele deixou a cidade com Ọláròóyè, Tìméhìn, Ògìdán, Talo e Sègi lợla.

Seu primeiro assentamento foi chamado de Òpólé, onde permaneceram por algum tempo, antes da morte de Ajíbógun. A morte de Ajíbógun e a escassez de água em Ìpólé os fizeram deixar o local. Quando eles estavam se preparando para deixar o local, o Owá mandou uma mensagem para que voltassem para Ijexá, porém, eles recusaram. Tìméhìn e Ògìdán que eram caçadores, tiveram que assumir a liderança em sua jornada na floresta em busca de água. Quando estavam à procura, eles encontraram um grande rio.

Eles decidiram cortar uma árvore para marcar o local e facilitar a identificação do mesmo, para quando eles trouxessem as pessoas de Òpólé. Quando a árvore caiu na água, eles ouviram uma voz misteriosa que dizia:

Oşó igbó, ẹ pèlé – Feiticeiro da floresta, bem feito!
Oşó igbó, ẹ rọra – Feiticeiro da floresta, vá com calma
Gbogbo ìkòkò aró mi ni ẹ ti fó tán – Vocês quebraram todos os meus potes de índigo!

Eles tiveram medo e fugiram. Quando estavam em disparada, eles foram chamados de volta pela mesma voz. A voz revelou ser Osún. Ela disse-lhes para se afastarem um pouco para terminar sua tarefa. Ela disse que eles deveriam estar adorando a ela anualmente. Este é o festival anual de Osun na cidade que foi batizada por ela mesma: Osó igbó, Osogbo, os Feiticeiros da Floresta.

Orin de Osun Osogbo

Agbe ló l'aró
Kìí ráhùn aró
Àlùkò ló l'osùn
Kìí ráhùn osùn
Lékèélékèé ló l'e fun
Kìí ráhùn e fun.
Òsun lékèé o dá mi o.
Káwa má ráhùn ire - Àse !
Káwa má ráhùn omo - Àse !
Káwa má ráhùn owó - Àse !
Káwa má ráhùn olà - Àse !
Káwa má ráhùn è kó - Àse !
Káwa má ráhùn ayò - Àse !
Káwa má ráhùn ifé - Àse !
Káwa má ráhùn òré - Àse !
Káwa má ráhùn è rò - Àse !
Káwa má ráhùn ilé - Àse !
Káwa má ráhùn ounje - Àse !
Káwa má ráhùn aláàfíà - Àse !
Káwa má ráhùn àfo - Àse !
Káwa má ráhùn isé - Àse !
Káwa má ráhùn s ire - Àse !
Káwa má ráhùn ódún - Àse !

Tradução:

Cantiga de Oxum Oxobô

Agbé tem penas azuis
Que nunca lhe falte o azul
Alukò possui penas vermelhas
Que nunca lhe falte o vermelho
Lékeléke tem as penas brancas
Que nunca lhe falte o branco
E que eu fique acima de meus inimigos
Nós não reclamaremos de nossa sorte! Ase!
Nós não reclamaremos de nossos filhos! Ase!
Nós não reclamaremos do Dinheiro! Ase!
Que nunca nos falte riqueza! Ase!
Que nunca nos falte conhecimento! Ase!
Que nunca nos falte felicidade! Ase!
Que nunca nos falte amor! Ase!
Que nunca nos faltem amigos! Ase!
Que nunca nos falte paciência! Ase!
Que nunca nos falte uma casa! Ase!
Que nunca nos falte alimento! Ase!
Que nunca nos falte a paz! Ase!
Que nunca nos falte caminho! Ase!
Que nunca nos falte trabalho! Ase!
Que nunca nos falte festividades! Ase!
Que nunca nos falte os anos! Ase!

Na década de 70 a artista austríaca Susanne Wenger restaurou e reconstruiu grande parte das áreas sagradas do templo milenar de Osun e isso ajudou muito a popularização e a valorização do culto a Osun.

Osun Osogbo é de caráter sério, relacionada a Ogun, Osayn e as Iyamí.

O Festival de Osun Osogbo ocorre a mais de 600 anos (há quem diga que é muito mais antigo) mas com a situação política da Nigéria e com a rejeição do Culto ao Orisá pelos africanos que seguem o islamismo e o cristianismo, o templo de Osun e o festival de Osogbo estão ameaçados.

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