sábado, 21 de maio de 2016

Folhas novas são sempre menores no topo da árvore.


Hoje estamos onde estamos porque estamos nos ombros daqueles que vieram antes de nós.
Estes dois provérbios são agrupados juntos porque eles estão essencialmente dizendo a mesma coisa. A cultura yorùbá coloca um alto valor para ambos por reconhecer e assimilar a sabedoria dos antepassados.
Dizer que as folhas menores estão sempre no topo da palmeira é uma expressão poética da crença de que os ancestrais são à base de todo o crescimento. O processo de evolução e transformação espiritual exige de nós, literalmente, ficar sobre os ombros daqueles que vieram antes de nós. Se formos obrigados a reinventar todas as ferramentas necessárias para a sobrevivência em cada geração, não haveria tempo para um movimento em direção a uma compreensão mais profunda de si e do mundo. Quando eu ficava em casa yorùbá na Nigéria, todas as refeições incluíam uma oferenda aos ancestrais e cada vez havia alguém que servia bebidas e se lembrava da memória daqueles que morreram. Este elogio constante é um reconhecimento de que a sabedoria acumulada daqueles que vieram antes de nós tem aliviado a carga de nossa jornada para o crescimento. Além do valor poético, a referência a folhas mais novas de uma palmeira é um comentário direto sobre um dos ingredientes que são considerados um componente essencial das cerimônias realizadas para proteger a comunidade de doenças infecciosas. É a vitalidade espiritual das folhas jovens, que formam a melhor linha de defesa contra as epidemias, bem como as crianças pequenas são considerados os guardiões do futuro da cultura e da sabedoria.


Texto:Áwo Fatumbi
Pesquisa: Odé Ợlaigbo

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