OGUM come INHAME*

Oxaguiã, rei Ejigbô (Elejigbojo), chamado “Orixá comedor de inhame pilado”, inventou o pilão para saborear mais facilmente seus prediletos inhames. Todo o povo de seu reino adotou sua preferência. E tanto que se comia inhame que não se dava conta de plantá-lo.

E assim, grande fome se abateu sobre o povo de Oxaguiã, sendo assim Oxaguiã foi consultar Exú, que o mandou fazer sacrifícios e procurar o ferreiro Ogum, que na época vivia em Ipexá. O que podia fazer Ogum para que o povo de Ejigbô tivesse mais inhame

Ogum pediu sacrifícios e logo deu a solução. Em sua forja, Ogum fez ferramentas de ferro, fez enxadas, foice, pá, ancinhos, martelos e arados.

_ “Leve isso a seu povo, Ejigbô, e o trabalho na plantação vai ser mais fácil. Vão colher muitos inhames, mais do que plantar com as mãos”, disse Ogum.

E assim foi feito, nunca se colheu tanto inhame, e a fome acabou. Agradecido a Ogum o povo realizou uma grande festa em sua homenagem, ofereceram a ele um grande banquete de inhames, feijão regado no azeite, caracóis e etc.

E Ogum disse a Oxaguiã:

- “Na casa todos se vestem de branco, vou me vestir de branco para receber as oferendas, e a partir de hoje, o inhame será um dos meus alimentos preferidos.”
Oxaguiã respondeu:
- “Meu povo nunca há de esquecer sua dádiva, dê–me um laço de seu abadá azul para que eu possa usar em minhas roupas brancas. Vamos para sempre nos lembrar de Ogum.”
O Itan do Odu Eta Ogunda nos revela porque o inhame é um dos alimentos que não pode faltar nas oferendas a Ogum e nos revela também, porque Oxaguiã usa o azul nas suas contas.
Em algumas tradições brasileiras ficou-se designado o inhame fêmea (redondo) à Oxaguiâ e outros orixás funfun, e o cará (que é o inhame macho em forma de falo) consagrado à Ogum. Mas tanto um quanto o outro não causam ewô à ninguém, e são oferenda votiva e alimentação quase que obrigatória nos

DONA 7 E SUAS VERDADES

É uma História real.
Eu estava passando por momentos difíceis na minha vida, eu era uma criança e estava sendo cobrado para me iniciar, frequentei a Umbanda 10 anos e ao mesmo tempo tinha um terreiro de Quimbanda no qual eu me sentia muito bem. Com o passar dos tempos eu conheci os meus Exus, o meu protetor é Exu Rei das 7 Encruzilhadas. Eu não sabia muito o que era mas fiquei com medo, foi a onde eu conheci a famosa Dona 7, como ela é conhecida e gosta de ser chamada, uns conhecem como Rainha das 7 encruzilhadas.
Eu adorava ver ela dançando, cantando e sempre séria, trabalhando e falando o que tinha para falar. Um dia ela me segurou no "colo" e me disse
- Você menino, vai ter um caminho sofrido, muitos vão falar que é eu, mas você tem o poder de me conhecer.
E ela soltou a gargalhada completando.
- Vou colocar no teu caminho, uma menina minha, você vai aprender muita coisa e ela também, com a lua e o sol você vai conhecer ela.
Bom, eu não tinha muita ideia dessas coisas e passou anos e eu nunca mais havia, eu entrava em terreiros e estava lá "festa da grande rainha da encruzilhada". Mas o que me chateava é que eu não conseguia achar.
Passou uns 4 anos, e aqui estou eu. Tudo o que ela disse aconteceu, passei por tantas coisas e tive uma vontade de desistir mas não, eu não larguei a religião.
Conheci a menina de que ela tanto falava, mas a Dona 7 esqueceu de me avisar que a menina era de longe. Foi acontecendo tudo como ela disse bem explicado (não lembro de muitas coisas, algumas eu disse e outras não tenho permissão).
Fiquei muito feliz, eu sempre tive e tenho uma fé imensa em todos as entidades, a Dona 7 me passou essa segurança. Continuando, eu ajudei a menina e com o tempo descobri que ela tem a Pomba Gira Rainha das 7 Encruzilhadas. Pra mim foi um choque e eu não parava de conversar com a menina, até que um dia eu sonhei com a Dona 7 me dizendo,
- Eu disse que você tem, mas vai lutar para tudo isso acontecer.
Acordei desesperado, molhei meu rosto e me deitei novamente. Eu ouvia ela falar comigo, ela parece no meu sonho, eu vejo ela em espírito (coisas que quase todos que RODAM no santo tem).
Eu estava muito feliz e tudo dando certo, até que um dia eu conheci um garoto, hoje em dia deve ter 15 ou 16 anos. Gritou para essa menina que eu sou um falso, um mentiroso, disse palavras de baixarias. A menina ficou bem confusa, mas eu tenho a mente tranquila e sei que eu estou certo.
Acontecendo ainda este ano, esse menino disse coisas que a Dona 7 jamais falaria de mim, ela me conhece e minha mãe tem ela. Ele é um grande "admirador" pois nesta idade pra inventar coisas sérias fica difícil.
Um dia meu Exu virou e disse que tudo vai dar certo, mas sabe quando tem inveja que sopra contra ? Aconteceu isso. Liguei para minha madrinha e ela foi dizendo que a real Dona 7 vai mostrar e ela estava querendo me ver em terra. Deixou recado que tudo vai dar certo.
A menina tinha dito para ele, e ele continuou com o assunto que a Dona 7 disse que nunca iríamos dar certo, que eu sou mentiroso, que eu tinha dito coisas e tentou me deixar muito baixo, dizendo que eu tentei amarra-la, que eu sei que nunca daríamos certo. Bom, se eu soubesse disso eu não lutaria por ela. Eu não permiti tudo o que ele falou e ela me bloqueou e eu vim compartilhar com vocês.
Até que do dia 20/02 para o 21/02 desse ano, toda verdade apareceu.
Cheguei no terreiro para tentar desabafar com uma entidade em terra que fosse na mesma linha. Eu fiquei na minha do jeito sério que sou, mas eu já conheço o Exu da casa, seu Tiriri. Nunca tinha ido naquele terreiro e na primeira vez eu dei a sorte de tudo, cantei para abertura da gira e na chegada do Exu eu senti a firmeza!
Ele foi falando com todos e quando chegou na minha vez ele disse
- Faz luas que eu não te vejo. (e me abraçou dando uma forte gargalhada)
Eu chorei um pouco e tentei falar, e ele completando
- Exu Tiriri não deixa você falar, eu falo por você! Eu vim lhe ajudar e isso que vou fazer. (dando uma gargalhada alta e bem mais forte)
Naquele momento eu fiquei com um medo do que ele estava pretendendo fazer.
A gira continuou e nada, ele chamou alguns Exus e foi vindo Tranca Ruas, Marabô, João Caveira e entre outros, logo ele chamou as Pombas Giras e veio um frio na barriga, eu vi muita gente chegando para assistir e todos da roda ficaram virados, e eu continuei na minha. Na metade da gira, o seu Tiriri agarrou a sua cachaça, soltou a última fumaça do seu charuto e cantou bem alto.
- A sua coroa é de ferro, a sua capa é encarnada ...
Eu me arrepiei todo e senti ela do meu lado, eu chorei e sem menos esperar, um homem da assistência virou! Eu não sabia o que fazer, fiquei com medo de não ser ela. N meio do som dos tambores ela falou
- Eu vim aqui para ajudar a quem precisa de mim.
Eu senti e vi que era pra mim, e quando o ponto parou ela puxou outro e levaram ela para botar as coisas necessárias.
Ela veio, e eu com muita tremedeira e o atabaque estava esperando alguém para cantar e eu puxei com toda a fé e vontade do mundo.
-"Ela tem sua cabeça coroada, ela vem girando com sua saia rodada..".
Ela soltou uma gargalhada e dançou do jeito que eu conheço.
Parando o ponto, ela veio até a onde eu estava e me deu um abraço bem apertado dando uma gargalhada. Soltou as seguintes palavras
- Eu me lembro de você, eu nunca te esqueci de jeito nenhum, estou em todo canto e as vidências são reais.
Eu fiquei sem ar e ela foi falando.
-Eu sei quando você chora, deixa a menina pra lá porque ela vai quebrar a cara, a máscara vai cair e ela vai saber quem é o certo. Já viu eu mentir ? Tudo vai acontecer.
Eu chorando pedindo caminho e ela veio me falar
-Sempre te dei caminho, ajudei e te mostrei menino e não solta água pelos olhos.
Quando eu estava pra falar do menino ela já completou.
-Não confia nele, confia em mim que sou vento. Já estou farta de tanta mentira e de tanto botarem o meu nome como se fosse lixo.
Eu vi que ela ficou bem chateada e disse que com o seu punhal iria fazer a justiça pois Pomba Gira traz a verdade, ainda mais sendo rainha e tendo que comandar a falange da encruzilhada.
Ela foi falando e disse uma coisa que me deixou triste, que seu médium iria falecer pois é o destino, pediu para guardar em segredo e eu prometi que não falaria com ele. Ela mandou eu ir embora da gira antes dela ir, pois ela veio só para me ver.
Foram ditas tantas coisas e eu estou bem, sei que ela vai fazer acontecer!
Fiquei feliz por um lado e triste pelo outro, mas sabe quando tudo fica branco de paz ? eu estou assim nesse momento, ficarei aqui esperando acontecer tudo do jeito que ela disse e bebendo uma água bem gelada para ter saliva pra soltar um
-"eu tinha dito que eu sou o verdadeiro mas você não me escutou".
Enquanto isso não acontece, vou seguir o conselho dela, com as sábias palavras
- A máscara vai cair, deixa o tempo abrir porque a Dona 7 chegou!
Aconteceu mais coisas, mas não fui autorizado para falar pois são coisas profundas.
Espero que tenham gostado a história e de ter embarcado nela. Que a famosa Dona 7 abra os caminhos de todos e sempre mostrando a verdade! Axé.

Itans uma visão de universalidade

Via povo da floresta

A MENSALIDADE DO TERREIRO

Enquanto que na maioria das religiões, como a Católica, a Evangélica,  Kardecista, entre outras, o entendimento de que todos os participantes que tenham condições financeiras devem ajudar na manutenção da Casa religiosa, ainda na Umbanda há um enorme preconceito quando o assunto é o dinheiro ou pedir dinheiro, fruto da ignorância e da arrogância humana.
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É certo de que o exercício da mediunidade é um dom do Altíssimo e como o recebemos de graça, de graça os médiuns devem transmiti-lo. Contudo, não devemos confundir as coisas. O passe (gratuito), com todas as despesas de um Centro (devem ser pagas obrigatoriamente).
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É muito comum as pessoas, tanto consulentes como médiuns, afastarem-se do Centro que frequentam quando o dirigente espiritual pede uma contribuição através do pagamento de mensalidade ou para alguma obra. Sentem-se insultados, acham um absurdo que se cobre alguma coisa e já rotulam o dirigente como impostor ou alguém que deseja viver à custa do dinheiro deles.
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Ora, que pessoas de pouca Fé e tão vazias de coração! Todos gostam de entrar em um Centro e notar que as cadeiras, o chão e tudo mais estão limpos, que há água para beber e dar descarga no banheiro, que há papel higiênico, toalha e sabonete, que as velas e demais instrumentos já estão preparados para a firmação dos Guias, que as luzes estão acesas, entre outras coisas.
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Todavia, poucas são as pessoas que param para pensar que tudo isso gera uma despesa muito grande com materiais de limpeza e higiene, pagamento de contas de água e luz, aluguel (principalmente), material para firmamento dos Orixás e da Tronqueira etc. Se pensassem em tudo isso, as pessoas iriam se dar contar de que, se cada um ajudar um pouco, o dirigente do Centro não ficará sobrecarregado com o “dever” de pagar todas essas despesas sozinho ou com a ajuda de poucos.
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A caridade começa com a manutenção da casa que frequenta, a qual abre as portas para que todos despertem seus dons e pratiquem a caridade junto as suas forças.
Que o pedido de suporte dos Pais e Mães seja justo e acessível a todos.

O GUARDIÃO EXU MARÉ

Exu Maré foi traido por seus companheiros de barco.Essa traição gerou um enorme sentimento de revolta e vingança.Foram esses sentimentos que fizeram com que ele sobrevivesse,sendo salvo por pescadores da região, que o curaram com ervas.

Depois de curado e fortalecido ele foi atrás de seus traidores e quando os encontrou,ficou muito desapontado,pois descobriu que foi sua amada que o traiu e o entregou por poder.

Seguiu e matou todos,exceto sua querida amada, que arrependida de sua traição, suicidou-se ao saber que ele estava vivo e que tinha matado à todos.

exu-mare Apesar de um Pirata, ele era um comandante de fibra e lei, fazendo amigos por onde passava, ajudava a todos e dizem que era de uma família muito nobre, da corte e que suas atitudes e seu porte eram mais de Rei, do que de Pirata.

Hoje trabalha nos terreiros de Umbanda por escolha divina , ajudando as pessoas a resgatarem seu karma, gosta de beber Rum, de fumar.

Seu corpo astral leva consigo um osso ou uma ferramenta de cada um de sua tripulação, adora o vento e a brisa do mar.

UMA DAS CIGANA DA PRAIA

A Cigana da Praia é uma entidade muito leve e que transmite muita paz, muito querida pelos nossos irmão de umbanda, trabalha na linha de Yemanjá e se reserva ao comando das praia juntamente com Exu Maré. É muito prestigiada pelos seus trabalhos nos casos de melancolia e solidão, causados por separações, costuma levar embora os sentimentos de saudades, estimulando novos interesses e relacionamentos mais estáveis. Recebe suas oferendas preferencialmente na areia da praia, as velas podem ser brancas ou azuis, água mineral, peras e maçãs, adora champanhes, cigarros e rosas, não pode faltar pentes, espelhos, batons e pulseiras, pois junto dela trabalha as ondinas. Ela se apresenta com uma linda mulher, vestida de azul e dourado, dona de profunda magia, quando incorporada, chega cheia de alegria e dança sem parar.

Salve minha mãe oxum opará 🌻👑⚡💛♥️

Onirá e Opará ❤💛

Nunca duvide da capacidade de suas filhas .

Eu sou metade dela ela e metade de mim
Eu ando com ela ela anda comigo sim sou meio opará sou meio oyá
Sou meio oxum sou meio oyá mas não somos de meio termo

Opará - a guerra
Onira - a elegância onirá jamais e grossa
Opará - o bom gosto
Onirá - o fino perfume
Opará - a mãe protetora
Onirá - a mãe educadora e disciplinadora
Opará - a paixão a emoção
Onirá - a razão
Opará - a seriedade
Onira - a leveza

Opará a espada , onira o raio

Uma e complemento da outra uma não vive sem a outra uma é necessária A outra opará executa , onirá assina , onirá se desloca opará é o impacto

Nunca prometa o que não vai cumprir a estas mulheres
Nunca engane a estas mulheres
Jamais minta a estas mulheres
Jamais duvide destas mulheres
Jamais ouse desafiar estas mulheres
Jamais erre com estas mulheres

Mulheres que trabalham dobrado
Mulheres que fazem papel de pai e mãe sem depender de ninguém
Orgulhosas sim sempre ajudam a quem precisa e sempre são vítimas da Língua alheia mas o raio de onirá torra a língua de falador e a espada de Opará não deixa a cabeça de traidor no pescoço .
Mulheres altas de si homens seguros si
No bailar da natureza são elas que brilham nas cachoeiras de brilho Dourado pelo mundo

Erá ye ye o osún
Eparrei Oyá

Yemanjá Ògùntè

Ògùntè Ògùnmasomi, a Yagbá mais “quente”.)

Está maravilhosa Yagbá, apresenta-se jovem super proterora, sedutora, ardilosa e muito guerreira. Aquela guerreira terrível que carrega, presa à cintura, um facão e outras armas de ferro confeccionadas por Ogum Alagbedé, seu marido. Dizem que é rancorosa, severa e violenta. Porém por trás de todo esse senso indomável e justiceira; se esconde uma mulher Dengosa. Ogunté é de caráter vingativo, muito rígida e não perdoa uma ofensa, ainda mais se ela tiver em sua razão. Vive com Ogum em campanhas de guerra e seu filho Ogunjá. Em muitos Terreiros, ela também luta ao lado de Oxaguian e teve um papel importantíssimo na fundação de Ejigbò. Tu és Rainha, a Senhora das águas que ninguém segura, as águas violentas, que saem arrastando tudo. Guerreira como Yansã, Ògùntè, a que dança faceiramente; aquela que baila e todos para pra te contemplar e saudar. Dona do canto mais alto e profundo, diz à lenda que Ògùntè chamava Ogum Alagbedé, com um canto agudo, que podia ser ouvido de qualquer parte. Essa Yemanjá representa a força e a luta. Gosta de dançar também com uma serpente (jibóia) enroscada nos braços. Foi ela que ensinou Erinlè, a arte da cura; Ògùntè tem estreitas ligações com Babá Egún, daí vem à questão do seu animal favorito, o carneiro. É a guerreira do Castelo de Olokun (que é a grande ancestral mãe de todas as Yemanjá). A Porteira de Olokun, vive perto das praias no encontro das águas com as pedras sendo seu habitat as pedras, os arrecifes dos mares e dos rios, é a ela que pertecem os corais e os animais predadores dos Oceanos. A Yemanjá exigente, a Yagbá que gosta que seus animais sejam castrados na hora do sacrifício. Yemanjá das sete estrelas, a mãe que reprime mais não deixa ninguém tocar a mão. A Yagbá que está sempre disposta a ajuda, mas se errar com ela muito CUIDADO!! A bondade dela chega na mesma medida da repreensão.

A ti saudamos Rainha,
Eepá omi ooo
Yeyê Omo Ejá Òdò Ògùntè
Yá Ògùn Ò, Òdoyà, Òmi ò.