terça-feira, 29 de abril de 2014

O ASÓ DUDU E SEUS EWÓ PARA LÉSÉ ORÍSÁ ...







Vestir Preto no Dia-a-dia e no culto aos Orixás. Conheço muitos. Lamentável...Mas...
No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta de um candomblé vestida de preto, era sempre repudiada
Por aquela comunidade, e pedia-se para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se negava a sair era entendido como um afronta
a Oxalá Pai de todas as cabeças por antecipação.
Vestir preto em uma saída de Iyawo é mesma coisa que dizer que o dono casa não sabe fazer o que esta fazendo.
Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer; não estou de acordo com esse titulo (oye).
Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela eternidade…
Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança
Vestir preto no dia a dia é afirmar se intimo de Iya mi Osoronga!!!
Vestir vermelho é dizer em alto e bom som!!! Não tenho medo das mães feiticeiras, por isso uso sua cor.
No itan de Bábà Ofuru, onde conta se que ele foi praguejado por Iya mi, e é por isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa preta de tecido.
Para lembra lo de sua vergonha!!!!
Igual a Sango que usa um conta branca no pescoço para lembra lo de um desrespeito a Oxalá!
Nos dias de hoje isso tudo esta sendo desrespeitado pelo mais novos, que acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.
A cor negra é pertencente ao orixá Ikú ( a morte ), e usar preto no culto do Candomblé é a reverencia a Ikú e ao intimo culto das Yá - mi, podendo atrair essas manifestações para o tal, ocorrendo fatalidades e desavenças se não bem trabalhada, por isso o Luto dentro do Candomblé não é o Preto, e sim, O Branco.
É literalmente a morte dos Nagô!!!

ISSO É DO TEMPO DOS ANTIGOS!!!








Quem quiser acresentar Outros Ewo universais é Só comentar. Talvez alguns possam aprender e entender que isso não é Brincadeira....
São kizilas comum a quase todos os terreiros de candomblé: Não comer caranguejo, peixe-de-pele, cajá, jaca, beringela, alguns tipos de marisco, raia-pintada.
Ewo comportamentais: Deve-se receber qualquer objeto ou alimento com as duas mãos, alimentar-se com a cabeça descoberta, não passar por baixo de arame farpado, não andar nas ruas ou sair da casa de candomblé nos horários de meio-dia, meia noite ou as 18 horas.
Kizilas de iaô:
Não tomar banho de mar no período de um ano
Não entrar em cemitério. No período de Um ano
Não dormir com os pés para porta da rua.
Não tomar bebida alcoólica No período de um ano
Não usar roupas pretas, roxas e vermelhas.
Não comer restos de outro.
Não deixar passar a mão na cabeça.
Não deixar os sapatos emborcados.
Não dormir de barriga pra cima.
Não usar roupas rasgadas ou remendadas.
Não terminar o que o outro começou.
Não atravessar encruzilhadas.
Não ficar de costas para o fogo.
Não sentar em entrada de casa
não ficar de costas para porta ou janela.
Um dos piores ewo e abominável por todos do candomblé é a quebra do Kàrô (juramento feito diante do obi)

ORÌKÍ ORI.



orí san mi. Orí san mi. Orí san igede. Orí san igede.
El Espíritu Interno me guía. Orí me guía. El Espíritu Interno me apoya. Orí me apoya.
Orí otan san mi ki nni owo lowo. Orí tan san mi ki nbimo le mio.
Espíritu Interno, dé apoyo a mi abundancia. Orí, dé apoyo a mis futuros niños.
Orí oto san mi ki nni aya. Orí oto san mi ki nkole mole.
Espíritu Interno, dé apoyo a mi relación. Orí protege mi casa.
Orí san mi o. Orí san mi o. Orí san mi o. Oloma ajiki, ìwá ni mope. Ase.
El Espíritu Interno me guía. Orí me guía. Orí me guía. Protector de los niños, mi
carácter interno le está agradecido. Asé..
ORIKI ORI.

ORI mi de san. ORI mi de san. ORI san igede. ORI san igede.
Guia-me o espírito interior. ORI me leva. O espírito interior me apoia. ORI me apoia.
OTAN ORI san mi ki nni lowo owo. ORI como san mi ki nbimo que meu.
Espírito interior, dar suporte a minha riqueza. Ori, dar apoio aos meus futuros filhos.
ORI oto san mi ki nni aya. ORI oto san mi ki nkole mole.
Espírito interior, dar apoio ao meu relacionamento. ORI protege a minha casa.
ORI san mi o. Ori san mi o. Ori san mi o. Oloma ajiki, iwa ou mope. ASE.
Guia-me o espírito interior. ORI me leva. ORI me leva. Protetor das crianças, a minha natureza interior é grata. Eu também...

terça-feira, 15 de abril de 2014

ORÍ:







Ori é o orixá mais importante na vida de uma pessoa, é o primeiro orixá que deve ser cultuado, a ele devemos nosso destino, a função do Bori é alimentar e equilibrar o ori.

Cada ser criado por Olodumaré possui o seu Orí, seu destino, algo individual, é como a impressão digital de casa ser. Ele é o primeiro a vir no mundo quando no momento do nascimento e que o acompanha até mesmo após a morte.

Se meu Orí não permitir que eu seja ajudado, eu não serei.Se meu Orí não permitir que meu orixá receba oferendas, ele não receberá.Se meu Orí não permitir que eu trilhe determinado caminho, eu não farei.

Assim podemos perceber que Orí é importantíssimo, o primeiro a ser cultuado.

Ewe - Kúkúndùnkú.- A mestra das folhas quando o dia nasce.






Efun l’ebá lé k’ojúmon ó
Efun l’ebá lé k’ojúmon
Kúnkúndùnkú
Olórí ewé
Efun l’ebá lé k’ojúmon

Quando o dia nasce.
Quando o dia nasce.
Kúkúndùnkún
É a mestra das folhas.
Quando o dia nasce.

Ewé kúkúndùnkú é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada ao elemento água e também ao elemento terra, nasce na água e também na terra. É uma folha de prosperidade e multiplicação. Por isso que a principal divindade ligada ao Àse desta folha é Òsúmarè - Divindade ligada tanto ao elemento água,quanto ao elemento terra, e uma das principais divindades yorùbá da prosperidade.A origem desta folha (planta) é as Américas, muito cultivada dês de épocas pré-coloniais no México e no Perú.
Kúkúndùnkú é uma folha de grande importância, tanto na liturgia yorùbá,onde é conhecida pelos nomes de òdùnkún, ànàmó yáyá, òdùnkún àdùnmó e èdunmùsí, quanto na liturgia dos Candomblés Jeji-Nàgó. É utilizada em Omièrò (banho de folhas apaziguadoras), àgbo ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsúmarè, Nàná e Ìyèwá.
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas e etc. Seus frutos, kúkúndùnkú funfun (batata-doce branca) e kúkúndùnkú pupa (batata-doce vermelha ou roxa) são utilizados em oferendas, a batata-doce vermelha em oferendas à Òsúmarè. São utilizados também em ebo (oferendas) para atingir a prosperidade. E quando utilizadas com um determinado ofò - encantamento, ―despertam Òsúmarè. A batata-doce branca é utilizada em oferendas a Yèmoja, Ògún e em algumas casas à Sàngó (Àyrá). Medicinalmente, a folha de batata-doce é utilizada cozida em casos de tumores e inflamações, sobretudo na boca e na garganta, aplicando-se em gargarejos.

Infelizmente toda casa tem!









Filho de santo Pombo: se tiver comida ele vem todo dia.

Filho de santo Tamanduá: tem a lingua maior que a boca

Filho de santo Ave do Paraíso: só serve pra dançar

Filho de santo mão na massa: serve pra tudo.

Filho de santo dieta: "-amanhã eu começo o desenvolvimento"

Filho de santo nuvem negra: qdo se aproxima vc sabe que vem tempestade

Filho de santo Pit bull: não deixa ninguém se aproximar do pai de santo, se não ele ataca

Filho de santo Gato: esta sempre lambendo o pai de santo

Filho de santo Bicho preguiça: na hora da função ta dormindo

Filho de santo Macaco: Pula de Casa em casa

Filho de santo Hiena: Está sempre rindo até de desgraça.

Filho de santo Galeto: Novo no Santo, mas gosta de cantar de Galo e dar coice cuidado.

Filho de santo Urubu: Só aparece quando a coisa fedeu.

Filho de santo João de barro: Trabalha muito em sua casa, e ainda tem gente que não da valor.

Filho de santo Vira lata: Leva chute, mas sempre volta com o rabo entre as pernas.

Filho de santo Pavão: Gosta de aparecer mais que os outros.

Filho de santo do cabide: Só aparece no dia do Xire

Filho de santo Papagaio: Repete o que o Pai de Santo diz, mas não sabe o que esta falando.

Filho de Santo Ostentação: Chega com as coisas e roupas mais caras, e no bolso o dinheiro da passagem tá contadinho.

Filho de santo dor de garganta: mexe a boca, mas voz, nada!

Filho de santo marmitex: junta tudo que sobrou da gira e leva pra casa.

Filho de santo médium das galáxias: se deixar recebe até o defumador.

Filho de santo vaca de presépio: Só enfeite.

Filho de santo roda presa: tá dançando na gira e pára o passo de repente.
Fique atento, senão vc derruba ele.

Filho de santo jumento: carrega tudo nas costas, mas só o Alazão recebe elogio.

Filho de santo nobreza: Só recebe reis e rainhas.

Filho de santo Drag Queem: enfeita tanto a PG que vc não sabe se tá no Terreiro ou na escola de samba.

Filho de santo em cima do muro: sai da umbanda e raspa no candomblé, mas só vive na casa de umbanda pegando consulta.

Filho de santo madalena arrependida: sai da casa pq a casa não presta, mas qdo a coisa aperta, pede pra voltar.

Filho de santo pássaro: qdo procura e não acha, pode contar que tá voando.

Filho de santo poderoso: só "seus" guias resolvem tudo.

Filho de santo rádio corredor: presta atenção na condulta alheia pra comentar depois.

Filho de santo de esquerda: só quer trabalhar com exu e PG.

Filho de santo Unicórnio: Perfeito, mas todos sabem que não existe.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O MILHO BRANCO ,(agbadô ou ebô






O Milho Branco (agbadô ou ebô) é um grão muito importante para o Povo do Santo. Seu preparo e forma de utilização nos rituais de oferendas envolvem preceitos bem rígidos, que nunca podem deixar de ser considerados pelos seguidores do Candomblé. Todos os Orixás, de Esú à Oxalá e até mesmo os ancestrais, recebem oferenda a base deste grão. Todas as cerimônias, do ebó mais simples aos mais sofisticados, em rituais de iniciação, de passagem, ritos de vida e de morte, em tudo mais que ocorra em uma casa de Candomblé, só acontecem com a presença do Milho Brando (agbadò ou ebô). A pasta branca de milho branco depois de pilado ou moído chama-se (èko), o mingau chama-se (denguê), depois de moído e cozido e envolvida na folha de bananeira verde, chama-se de àkàsà, Os grãos cozidos só na água chama-se egbô, moído e cozido, envolvido em palha de bananeira seca chama-se aberem, Os grãos recheados com cebola, camarão, azeite doce e dendê chama-se Dibô, os grãos inteiros cozidos com coco e açúcar chama-se mukunza. Toda oferenda com milho branco restitui e redistribui o axé, por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-se a comida predileta de todos os Orixás. Nem todas as palavras do mundo são suficientes para decifrar e expressar o valor de uma oferenda a base de milho branco. Basta admitir que os segredos estão nas coisas mais simples, para ver que muitos julgaram insignificantes, a comida extremamente importante do candomblé, banalizando o sagrado e privilegiando a intuição imaginária em detrimento do fundamento. Constituem grandes fundamentos "cristalizados" ao longo de anos e anos de tradição. Fundamento é o segredo compartilhado com o Povo de Santo, o mistério sagrado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o Orixá que existe em cada um de nós. O grande fundamento é que em todos os rituais por menor que seja a presença de alguma comida com milho branco deve estar presente, seja ela em forma de Ebô, Àkàsà, Aberem, Dibô, Denguê, que possibilita a paz, alegria e longevidade. O maior segredo e melhor fundamento do Candomblé é um ritual indispensável a todos nós, constituído do ato de oferecer Milho Branco à cabeça, chamado de Bori ou Ebôri, pois é este ritual que mantem todo Povo de Santo de pé e totalmente equilibrado.
oloje iku ike obarainan